quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Fanfic Capítulo 6 - Salva

Postado por Mah da Cunha 4 comentários

A dor não veio. Nem a sensação de algo se chocando contra mim. Escutei ganidos e rosnados furiosos. Ousei abrir meus olhos. Soltei um grito com a imagem que estava a minha frente. Edward segurava um lobo pela jugular e quebrava o seu pescoço, à sua volta havia entranhas e carcaças de dois lobos. Ele jogou o corpo do terceiro lobo no chão e, o quarto e ultimo lobo, fugiu uivando. Ao longe eu ouvi outros uivos.
– Bella. – Edward disse entre um gemido de dor.
Ele estava ensanguentado. Ele tinha uma ferida profunda em seu peito e braço e eu podia jurar ver um osso ali. Meu estômago revirou, senti que iria vomitar. Meu queixo não parava de bater de frio e terror. Sentia que meu corpo iria entrar em colapso a qualquer instante. Senti que iria desmaiar, mas quem caiu foi Edward. Fui em sua direção temendo o pior. Deus! Não o deixe morrer! Toquei seu rosto com as mãos trêmulas e vi que ele ainda estava consciente.
– Temos que sair daqui. Virão mais atrás de você. Não sei se aguento...Ah! – ele falou soltando outro gemido de dor.
Um uivo veio da floresta densa e escura. Eu quase não enxergava. Barulhos se aproximando entre as árvores. Eram os lobos, tinha certeza. Puxei Edward pelo seu braço bom e o ajudei a se levantar. Apoiei seu corpo no meu e cambaleei um pouco com o seu peso. Por sorte suas pernas estavam bem, senão não conseguiria nos tirar dali, mas o seu caminhar às vezes vacilava e eu via que ele estava tonto. O sangue escorria ávido de seus ferimentos e com certeza era o causador de sua tontura e fraqueza. Com dificuldade, e o mais depressa que eu pude, eu nos tirei dali. Sentia que uma energia me movia e eu acredito que essa energia seria o desespero.
Não sei quanto tempo levou, pareceu uma eternidade, mas eu me encontrava agora batendo na porta do castelo com o pouco de forças que ainda me restava. Edward soltava alguns gemidos de dor, ele estava mais tonto e quase caia. Seu ferimento teria que ser estancado com urgência ou ele morreria. Esse pensamento fez meu coração doer. Eu tinha que salvá-lo. Era o mínimo que eu podia fazer depois de ter sido salva por ele, ele se arriscou por mim. Por quê? Eu não fazia ideia e não me importava agora, tudo o que eu queria era sair dessa chuva, desse frio e salvar Edward.
– Meu Deus! – disse uma Rosalie chocada – Emmett, Jasper, Alice, venham até aqui! – ela gritou enquanto me ajudava a carregar Edward para dentro.
– Edward! Oh, meu Deus, está ferido! – Alice disse e nos levou para um salão ali perto onde uma lareira residia acesa.
Rosalie me ajudou a colocar Edward em uma poltrona acolchoada vermelha que estava em frente à lareira. Ele gemeu um pouco e se acomodou. Ainda estava consciente, o que era bom.
– Temos que estancar o ferimento. – eu disse para Alice que assentiu.
– Vou buscar água morna para limpar o ferimento e bandagens. – ela disse se retirando.
– Traga medicamentos, ele precisará de algo para a dor.
– Não precisa Bella. Apenas um curativo será o suficiente. – Alice disse e deu um leve sorriso de alívio.
Apenas um curativo? Ele estava com ferimentos profundos e pude jurar ver um osso exposto. Como ela podia achar que tudo estava bem? Ele precisava de remédios para a dor, que deveria estar insuportável, e algo para evitar uma infecção. Sem falar de pontos.
– Mas Alice, ele vai precisar. Deveriam chamar um médico, será necessário dar pontos e...
– Bella, querida, não se preocupe. Tudo vai ficar bem. – Rosalie disse e olhou para Alice que logo depois se retirou – Como está se sentindo?
– O que você acha? – Edward disse ríspido e eu o olhei surpresa.
Ele estava mais lúcido, tinha uma carranca no rosto e seus ferimentos quase não sangravam mais. Ele estava mais pálido do que o normal, mas ainda sim estava muito bem para alguém que quase havia sido mutilado. Eu comecei a ficar assustada com isso, mas meu medo veio de vez quando eu lembrei de que ele (definitivamente) não era humano.
– Bella querida, está encharcada e tremendo! Pedirei para Carmem lhe preparar um banho quente. Vá para o seu quarto, ela logo estará lá. – Rosalie disse parecendo um pouco preocupada.
Carmem? Ela estava bem? Não estava morta? Rosalie sabia o que havia acontecido com ela? Eu tinha tantas dúvidas.
– Não se preocupe Rosalie, estou bem.
– Não, querida, não está. Adoecerá assim.
– O que aconteceu? – Jasper disse se aproximando com Emmett. – Encontramos Alice no corredor e ela nos disse que Edward se feriu. Ele está bem? Bella! Está tremendo!
– Não se preocupe Jasper, estou bem. – disse chegando mais perto da lareira para me aquecer. – Fomos atacados por lobos. Edward me salvou, mas acabou saindo ferido. – eu disse olhando para a face molhada de Edward que ainda estava em uma carranca.
Deus! Seus cabelos estavam ainda mais bagunçados! E o tom escuro de seus cabelos molhados se contrastava muito mais com sua pele. Ele agora pressionava o seu braço ruim com o seu braço bom e sua ferida em seu peito já não sangrava mais. Estranho.
– Aqueles malditos lobos. – Emmett disse com um pouco de raiva.
– Eles não são entusiasmantes, mas veja, tudo tem seu lado positivo. – Jasper disse olhando rapidamente para mim e senti que algo me escapava naquela conversa.
– Sim, realmente. – Emmett disse com um sorriso zombeteiro.
– Aqui está. – Alice disse entrando com uma bacia e alguns panos em seu braço.
Eu tomei a bacia de seus braços e ela me olhou curiosa. Eu sentia que deveria fazer aquilo, era o mínimo depois de ter sido salva por aquele homem estranho e rude. Vencendo meu medo, e colocando minhas indagações momentaneamente de lado, eu me aproximei da poltrona de Edward e me agachei próxima a ele colocando a bacia no chão. Alice me entregou um pano branco e eu vi um brilho estranho em seus olhos. Ela sorria, e pela primeira vez não era um sorriso triste. Molhei o pano na água morna e senti minhas mãos frias agradecerem por isso.
– Agora, deixe me ver. – eu disse me aproximando com o pano úmido do braço de Edward.
Senti que todos nos observavam ansiosos. Edward desviou o braço fazendo uma carranca e eu tentei novamente alcançar o seu braço. Outra vez, Edward desviou. Ele podia ser menos teimoso, não via que isso era para seu bem? A ferida precisava ser limpa a fim de evitar uma infecção. Como faríamos os curativos? Ainda suspeitava de que ele precisaria de pontos.
– Fique quieto. – eu disse por fim nervosa por sua infantilidade.
Avancei um pouco mais bruta dessa vez e consegui atingir o local do ferimento. Edward soltou um rugido alto e eu me afastei um pouco.
– ISSO DÓI! – ele bradou e seu hálito quente me atingiu em cheio.
– Se ficar quieto não vai doer tanto. – eu disse séria e deixando meus modos de lado.
Quando se tratava de Edward, a boa educação não era necessária.
– Se você não tivesse fugido isso não teria acontecido. – ele disse me olhando acusador.
– Se não tivesse me assustado eu não teria fugido! – eu disse elevando um pouco minha voz ultrajada e colocando minhas mãos em minha cintura.
Eu o encarei desafiadoramente e ele me olhava com a boca aberta, espantado. Logo ele se recompôs e a carranca estava de volta.
– Hora, e você não deveria ter ido à ala oeste. – isso era verdade, mas ele também deveria ser um cavalheiro.
– E você deveria controlar seus nervos. – eu cruzei os meus braços e o encarei.
Ficamos nos encarando desafiadoramente por um bom tempo até que, para a minha surpresa, ele cedeu. Ele apoiou sua cabeça em seu braço bom e fez uma expressão emburrada bufando logo em seguida. Ele poderia não ser humano, mas não passava de um rapaz mal educado. Nesse caso, uma criança emburrada.
– Agora fique quieto. Isso pode arder.
– O quê? – ele disse, mas já era tarde.
Eu pressionava seu ferimento com o pano úmido pela água morna e começava a limpar. Ele soltou alguns resmungos e virou sua face para o outro lado escondendo uma careta. O ferimento, como eu suspeitava, estava sujo de terra e havia algumas folhas grudadas, mas estranhamente não sangrava mais e parecia não ser mais tão profundo assim. Talvez Alice estivesse com a razão, talvez ele realmente não fosse precisar de pontos.
– Aproposito, obrigada. Por salvar a minha vida. – eu disse delicadamente.
Ele se virou e me olhou surpreso. Seus olhos não mais estavam no tom vermelho que eu vira em seu quarto, voltara a ser topázio com algumas manchas avermelhadas. Sua carranca se suavizou e vi uma expressão arrependida aparecer.
– Eu sinto muito. – ele falou levemente.
Sua voz sempre tão ríspida agora estava aveludada e se tornara a voz mais linda que eu ouvi. Corei diante do meu pensamento inapropriado e apenas assenti. Continuei cuidando de seu ferimento e ele agora estava pensativo e não mais reclamava de dor. O pano estava manchado, mas era de sangue seco, o ferimento não sangrava mais. Fiz um curativo em seu braço, e quando fui cuidar do machucado em seu peito estaquei surpresa. Não havia nada lá.
– Bella, querida, acho que está bom. Suba, tome um banho quente antes que pegue um resfriado. – Alice disse me levantando.
Tentei disfarçar minha estupefação pela minha descoberta e apenas assenti. Como era possível? O que ele era? Alice me contaria? Ela sabia o que estava acontecendo, todos sabiam, eu tinha certeza.
– Edward, você também. Você está todo encharcado e sujo! – Rosalie disse estendendo a mão para ajuda-lo, mas ele se recusou.
– Estou bem. – ele disse frio e logo se levantou.
Olhei para trás antes de sair e encontrei olhares esperançosos voltados para mim. Por que me olhavam assim?
– Se apronte. Você irá jantar comigo. – Edward disse com seu habitual tom frio, passando por mim e saindo da sala.
– Irei mandar alguma criada para seus aposentos preparar-lhe um banho. Vá indo enquanto isso. – Alice disse e eu assenti me retirando por fim da sala.
...
Eu acendia as velas de meu quarto quando escutei alguém batendo à porta.
– Entre. – falei educadamente
– Com licença, senhorita. – dizendo isso Carmem entrou acompanhada de outra jovem.
Ambas carregavam grandes baldes e foram rumo ao banheiro. Logo elas estavam saindo, mas eu não podia deixa-la ir assim.
– Carmem, espera.
– Sim senhorita? – ela disse e ficou parada à porta enquanto a outra jovem ia embora.
– Você está bem?
– Sim senhorita, porque pergunta?
– Carmem, eu a vi com ele. Eu vi o que ele fazia. Não está machucada? Precisa de ajuda? – eu disse preocupada, mas o que eu mais queria saber era o que ele fazia com ela.
Carmem me olhou surpresa, por um momento achei que não respirava. Parecia pálida.
– Desculpe-me senhorita, mas acho que não posso falar sobre isso. Com licença. – dito isso Carmem saiu apressada não me deixando tempo para protestar.
Continuaria com minhas dúvidas por mais um tempo, mas eu iria investigar e descobrir o que estava havendo. Tirei minhas roupas molhadas e tomei meu banho. Meu corpo agradeceu quando entrou em contado com a água morna. Lavei-me, tirando toda a sujeira grudada. Encarei a prateleira com os sabões coloridos e comecei a cheirar um por um. Na noite anterior não estava com cabeça para fazer isso, mas desta vez decidi que um deles eu usaria sempre e seria o que continha o aroma de morango. Lavei meus cabelos e ensaboei meu corpo com ele até ter certeza que não exalava nenhum odor desagradável.
Sai da banheira e me sequei. Os ferimentos em meu braço e joelho estavam bem, e o meu tornozelo não mais doía.
Fui até o grande armário de madeira e tirei um vestido azul escuro de lá, com detalhes em renda preta. Vesti-me rapidamente e me apressei para jantar com o jovem rude. Estava ansiosa para lhe fazer perguntas, e tomaria cuidado para estar afastada dele desta vez, assim não sofreria nenhuma espécie de “ataque”.
Durante meu caminho até o salão de jantar reparei que os corredores estavam vazios. Ao entrar no salão não encontrei ninguém, apenas Edward sentado em seu lugar com trajes limpos e provavelmente de banho tomado. Ele se aproximou e quase imediatamente me senti embriagada por seu cheiro. Era algo tão diferente, masculino e...afrodisíaco. Corei com meu pensamento estranho e nada louvável. Olhei para Edward e ele me olhava de uma maneira estranha, como se fosse me devorar, e ele parecia estar inspirando fortemente o ar.
Ele colocou suas mãos levemente em minhas costas e me guiou para uma cadeira perto de seu assento. Ele puxou a cadeira e esperou que eu me sentasse. Oh, Deus, isso não estava nos meus planos. Eu pretendia ficar longe dele. Não querendo ser indelicada e abusar de sua boa vontade, eu me sentei e logo depois ele foi para o seu lugar.
– Os outros não virão jantar? – perguntei curiosamente.
– Não, estamos sós. – ele disse me olhando intensamente e eu abaixei o meu olhar constrangida. – Permita-me. – falou pegando meu prato e me servindo um pouco das maravilhas culinárias que estavam à minha frente.
– Não vai comer? – perguntei quando ele terminou de me servir e notei que ele não tinha a intenção de fazer o mesmo para si.
– Não. – ele disse simplesmente sem ser ríspido, o que foi uma grande surpresa.
Logo depois ele colocou um pouco de vinho em minha taça. Se ele estava me servindo era porque estávamos realmente a sós, não havia nem mesmo os empregados por perto. O que ele tinha em mente? Meu estômago revirava enquanto eu fazia indagações. Temi vomitar se começasse a comer algo mais consistente então optei por comer uma uva. Era leve e serviria até que eu me acalmasse. Peguei a uva extremamente madura do prato e levei à boca. Dei uma leve mordida até à sua metade e soltei um gemido de satisfação diante tamanha doçura. Nunca havia experimentado uma uva tão doce e suculenta, ficava maravilhada em como as frutas daqui eram demasiadamente deliciosas.
De repente escutei um arfar. Olhei para Edward e ele me olhava boquiaberto e um pouco ofegante. Céus, o que ele tinha? Será que estava passando mal? Ele tinha um olhar diferente e me olhava de forma tão intensa que me fez arrepiar. Suas pupilas estavam dilatadas e ele parecia analisar cada movimento meu. Corei por causa de sua inspeção e ele soltou um leve rosnar. Mas não era um rosnar de raiva e nem de fúria, era de algo que eu não entendia e não conseguia identificar.
Não vi quando ele fez o movimento, mas quando percebi a face de Edward estava à centímetros da minha. Ele estendeu a sua mão e a colocou entre meus cabelos molhados me fazendo ficar presa ao seu olhar. Ele se aproximou mais um pouco e senti meu coração acelerar. O que ele estava fazendo? Não importava, eu só sabia que queria. Estava ansiosa para descobrir suas intenções. Ele roçou seus lábios levemente nos meus e eu soltei um suspiro de prazer, ficando surpresa com o tanto que aquele contato me agradava.
O hálito de Edward estava contra minha boca, sua respiração estava acelerada, ansiosa. Seu cheiro me deixava tonta e me fazia ansiar por mais contato. Mas da mesma forma rápida que começou, acabou. Edward de repente quebrou o contato e se afastou. Acomodou-se melhor em sua cadeira, fechou os olhos e inspirou fundo. Eu fiquei com meu olhar abaixado, desconcertada pelo o que tinha acabado de ocorrer. Deus! Ele iria me beijar? O que ele pretendia com isso? Antes que eu chegasse a alguma conclusão senti suas mãos frias sob as minhas.
– Bella... – ele disse de uma forma tão doce e amável que me deixou maravilhada.
Mas em seu olhar eu encontrei angustia, tristeza, desespero...solidão.
– Acho que está na hora de você saber um pouco mais sobre mim.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Por que livros velhos tem cheiro bom?

Postado por Mah da Cunha 7 comentários

         Oi gente!!! \o/

         Eu não sei se vocês acham, mas eu adoro cheiro de livro velho, sabe quando entramos em sebos, sentimos aquele aroma particular dos livros envelhecidos pelo tempo. E vocês sabem o porquê disso?
         Bom...os livros são feitos de matéria orgânica, que reage ao calor, à luz, à umidade e aos produtos químicos utilizados na sua produção, o cheiro é resultado da reação do material orgânico com esses fatores, os produtos químicos, são encontrados na pasta de madeira e de celulose, das quais o papel é feito e nas tintas utilizadas no texto e nas ilustrações.
         Além disso, livros também podem reagir com materiais externos, como um recorte de jornal, por exemplo, que pode ser deixado dentro do livro, o que causa uma reação do papel do livro com a tinta e o papel ácido barato do jornal e também, o livros podem absorver cheiros do ambiente.
         Mas vocês sabem qual é a substância que da aos livros velhos terem um cheiro tão bom?
         Bom essa substância produzida pelas páginas, se chama lignina. A lignina, a substância que impede que todas as árvores se curvem, é um polímero feito de unidades que são proximamente relacionadas à vanilina.
         Quando transformada em papel e conservada por anos, ela cheira bem. E dessa maneira como se fosse uma Divina Providência organizou as coisas para que subliminarmente de uma fome de conhecimento em todos nós.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Divulgação da Série Literária - Lagoena

Postado por Mah da Cunha 4 comentários


          Oi gente! \o/
Pois é, pois é... tava sumida eu sei! Mas é que tava meio ocupadinha e com umas duvidas e probleminhas, maaass to de volta \o/ rsrs
E venho aqui postar a divulgação de série da nova parceria. 

      No dia 4 de outubro estreou a série literária Lagoena, no site BookSérie (www.bookserie.com.br). A obra de ficção fantástica publicado em formato de série virtual é o primeiro romance da autora Laísa C., influenciada pelas obras clássicas de fantasia, contos de fadas e lendas locais que conhecia desde criança esboçou os primeiros capítulos da obra com o intuito de apresentar aos leitores uma idéia original e mágica como encontrou em tantos outros autores que admira.
      Lagoena é apresentada ao leitor por temporadas e episódios. A primeira temporada intitulada A Terra Secreta tem 14 episódios completos, a segunda, A Pequena Guardiã, estreou dia 7 de fevereiro. Hoje, a série virtual tem duas temporadas expostas na íntegra. O site BookSérie disponibiliza um episódio por dia para leitura que é online e totalmente gratuita.



Conheça a sinopse da obra:
       “Rheita era a única neta de um joalheiro falido. Seu pai havia desaparecido antes da menina nascer e sua mãe falecera no parto quando lhe dera à luz. Morava num país pequeno e isolado, muito ao norte, conhecido como Reino do Vinagre, numa época em que os lampiões ainda iluminavam as ruas de tijolos.
      Ainda em luto e rancoroso, Dordi Gornef, o velho joalheiro, por 10 anos mantinha em segredo uma grande descoberta: o significado da marca de um S que Rheita carregava na palma da mão. A menina, desde recém nascida, fora educada a usar uma luva na mão direita, para esconder um suposto defeito de nascença dos olhares curiosos...
      Porém, num certo dia, os esforços do joalheiro para manter o segredo não foram mais úteis. Rheita, que se tornou uma menina muito curiosa e inteligente, acabou encontrando um misterioso Mapa Mágico no abandonado quarto da falecida mãe e desde estão resolveu descobrir o que ele escondia, pois suspeitava que o desaparecimento do pai houvesse relação com o artefato mágico. A partir desse momento, sua vida fica totalmente ligada a ele e através de um chamado do destino Rheita e seu mais novo amigo, Kiel, embarcam numa aventura repleta de segredos ainda maiores, para além de outro mundo, para LAGOENA, A Terra Secreta que corre um grande risco de não mais existir, cabendo à menina salvá-la e proteger o tesouro do mapa da cobiça de um imperador amaldiçoado.”


Site Oficial do Livro: http://laisasmnn.wix.com/lagoena1/ 

Twitter: @Laisa_Couto


Book Trailler do Livro Lagoena: 


sexta-feira, 3 de agosto de 2012

O que é um sebo?

Postado por Mah da Cunha 6 comentários

Oi gente! \o/
Hoje venho aqui explicar umas das minhas grandes tara que são os sebos! E que muitos não conhecem ou não sabem o que são.

            Sebo são locais como livrarias, mas que vendem livros que são geralmente mais baixos, com exceção de livros raros, autografados, primeiras edições, os que levam encadernações de luxo, que podem ter um custo maior por seu valor histórico. Esses locais de livros usados costumam ser bastante freqüentados por curiosos, estudiosos e colecionadores. (como eu *-* rs)
            Os sebos têm seu surgimento no século XVI. Até esse período, os livros eram produzidos à mão, um a um, o que tornava seu comércio extremamente limitado. Com o desenvolvimento da imprensa, a partir da metade do século XV, o número de livros circulando cresceu progressivamente e com isso, o surgimento de lugares dedicados a esse produto tornou-se uma necessidade. Na Europa, a busca por livros antigos ou raros – por parte de colecionadores ou estudiosos – foi um dos primeiros incentivos à venda de livros usados. Somente na segunda metade do século XIX, durante o Império, apareceram os primeiros sebos no Brasil– época em que as primeiras máquinas de impressão chegaram por aqui.
            O termo “sebo”, no entanto, é uma exclusividade da língua portuguesa. A origem mais provável desse nome é o aspecto sebento que os livros tendem a adquirir quando mal conservados; afinal, a sujidade foi por muito tempo uma característica inerente à revenda de livros. Quando não passam por um processo de limpeza, os exemplares adquirem uma camada aglutinada de pó e gordura em suas capas e reentrâncias. Ainda que a sujeira possa ser removida com facilidade, existem sinais de envelhecimento os quais não se podem evitar: páginas escurecidas ou amareladas devido à oxidação, pequenas marcas ou danos devido ao manuseio, etc.
Então você deve estar imaginando os sebos como, depósitos abarrotados de livros antigos e poeirentos, todos amontoados no fundo de prateleiras vergadas, mal iluminados devido às raras janelas do sobrado recauchutado que de repente fora transformado em loja? Muitos sebos, geralmente ao incorporarem em seus acervos os livros novos, têm percebido que a apresentação, a limpeza e a organização são essenciais para o público de hoje. Os garimpeiros da cultura têm grande fetiche por encontrar, talvez por acaso, aquele livro fabuloso que jaz a meio século esquecido na prateleira inferior de um pequeno sebo; o fato, porém, é que a tendência mundial é inversa: as informações devem estar mais visíveis, mais acessíveis.
Hoje me dia eu não tenho mais o costume de ir a um sebo, pois caço meus livros em sebos virtuais, pois é pela internet mesmo rs, mais é uma sensação ótima você entrar em um sebo e ver tantos livros ótimos que por algum motivo foram esquecidos ou maltratados e você pode dar uma nova vida a eles.

Eu costumo comprar por esse site, que reúne vários sebos do Brasil todo: Estante Virtual

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Divulgação do Livro - Nuvem Negra

Postado por Mah da Cunha 3 comentários
Oi Gente!! \o/
É com muita felicidade, que venho aqui postar sobre o livro da minha nova parceira Shirlei Di Tonini

Interessados só acessar esse link para compra: Clube de autores



Resumo da história
 A autora conta a história de uma garota de dezesseis anos que detesta frequentar a igreja em que seus pais são missionários. Ela é atormentada por pesadelos de morte todas as noites. Vive uma vida de solidão interna entre crises de depressão, seguidas de desejos de suicídio. Tudo parece ganhar um sentido novo quando um rapaz belíssimo, seu antigo amor platônico de infância, parece se interessar por ela. Anne se agarra a ele, como uma tábua de salvação, para salvá-la de sua vida medíocre. Ela ganha novo ânimo e deseja viver de verdade. Só que a aproximação do rapaz, não passa de um plano arquitetado há muitos anos atrás. Ele tem a missão de induzi-la a fazer parte de uma seita de satanistas que se infiltraram em Blackville. Só que em meio a cumprir sua missão, Franco acaba se apaixonando por Anne. Daí em diante começa uma batalha espiritual entre anjos e demônios para separar o casal e tomar posse da alma de Anne. Mortes. Assassinatos. Demônios. E muitos segredos ainda serão revelados.

Sinopse
Anne não conseguia encontrar sentido para a vida sem graça, que ainda suportava levar na cidadezinha de Blackville. Pesadelos de morte a atormentavam todas as noites. Sua família era seu único refúgio. Até ela se apaixonar pelo rapaz mais lindo do lugar... Mas quando confiamos plenamente nas pessoas e nos decepcionamos, voltamos novamente para o fundo do poço. Anne descobre segredos sórdidos sobre parte da população da cidade. Inclusive sobre seus pais cristãos e seu único amor, Franco.
Satanistas tem o objetivo de destruir a igreja local, recrutando jovens cristãos para uma seita secreta obscura.
Entre descobrir que seus pesadelos são na verdade, um dom dado por Deus e ter contato com criaturas sobrenaturais do céu e do inferno, Anne busca cumprir uma missão. A missão da sua vida. O sentido que procurava. Desmascarar os satanistas. Livrar os jovens da cidade de serem tragados pra dentro daquela seita. E a mais importante das missões: Salvar a si mesma. Descobrindo os segredos que contêm em sua infância.
Anjos. Demônios. Mortes. Tragédias. Paixão. Amor. Mistérios. E muitos outros segredos ainda... Terão que serem revelados.

"Os pesadelos duram pra sempre quando tentamos viver um amor infernalmente impossível".
Shirlei Di Tonini


Meme literário

Postado por Mah da Cunha 3 comentários
Olá, gente!! \o/
Hoje vou postar um meme literário que eu recebi Coração de neve

Todo mundo conhece os 7 pecados capitais, correto? 

Que tal conhecer os pecados da literatura?

Orgulho - Qual o livro que você tem orgulho de ter lido?
A Cabana
Luxúria - Quais atributos você acha mais atraente em personagens masculinos e femininos?
Masculinos: Charmoso e malvado kkkkk
Femininos: Ousadas e correm atras do que querem
Inveja - Quais livros você gostaria de ganhar de presente?
Quem é você, Alasca? , Encanto , Tinta Perigosa 
Ganância - Qual seu livro mais caro? E o mais barato?
Livro mais caro Memórias de uma Gueixa, mais barato Orgulho e preconceito
Ira - Com qual autor(a) você possui uma relação de amor/ódio?
 Aff essa é difícil não tenho nenhuma autor q eu odeio de verdade e amo quase todos, então não tem como eu responder 
Gula - Qual o livro você devorou sem vergonha?
Ultimo que lembro é o Sangue Quente
Preguiça - Qual o livro que você tem negligenciado devido à preguiça?
O Vampiro Lestat

Passando para 7 blogs:
  1. Um compulsivo leitor
  2. Ilusões noturnas
  3. Ler,comer e dormir
  4. Pitada de cinema
  5. Terceira página
  6. Girlie World
  7. Ler e imaginar

Fanfic Capítulo 5 - Medo

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Acordei no outro dia com o sol já bem alto no céu. Deveriam ser quase meio dia. Dei mais uma espreguiçada antes de me levantar de vez da cama. Passei as mãos em meus cabelos e vi que eles estavam bastante bagunçados. Também pudera, tive uma noite turbulenta cheia de pesadelos. Mas como de costume eu não me lembrava o que eu havia sonhado, apenas sabia que meu pai e o detestável dono do castelo estavam nele.
Enquanto desembaraçava meu cabelo com os dedos, eu observava a vista da janela. O céu estava limpo, e o sol brilhava intensamente. A floresta ao redor do castelo, no entanto, estava rodeada de névoa, e as folhas das árvores estavam amareladas e caindo. O outono chegara, e logo seria inverno. Eu odiava essa época do ano, preferia o verão e a primavera com seu sol e flores.
Percebi que minha janela dava para a parte de trás do castelo. Lá embaixo havia uma espessa plantação, logo após um galinheiro, um grande celeiro e um pomar que se estendia por vários quilômetros, a ponto de eu não poder ver os muros que circundavam o castelo. Alguns empregados estavam na plantação. Uns colhiam algumas verduras e outros plantavam. Uma jovem saia dentre as árvores do pomar e retornava com uma cesta cheia de laranjas, peras, cerejas e mais algumas frutas, muito pequenas para que eu pudesse identificar. Outra saia do galinheiro e caminhava rumo ao castelo com uma cesta carregada de ovos.
O castelo aparentemente tinha bastante empregados, mas uma coisa havia me chamado a atenção: todos tinham o semblante triste. Realizavam as tarefas como se fossem almas penadas, sem realmente terem vontade ou ânimo e com um semblante triste e amargurado.
Enquanto eu refletia sobre o comportamento infeliz dos empregados, ouvi leve batidas na porta e logo ela se abriu.
– Oh, está acordada, que bom. – disse uma Alice bastante sorridente carregando uma bacia com um jarro dentro. – Vim te preparar para levar você para conhecer o castelo. Te explicarei como as coisas funcionam por aqui e logo depois iremos almoçar, afinal já são quase meio dia. – ela disse colocando a bacia em cima da penteadeira e colocando um pouco da água que havia no jarro dentro.
– Obrigada. – eu disse me sentando na pequena cadeira e lavando o rosto.
Alice me entregou um pano para poder me secar e logo depois ela pediu para que eu me aproximasse mais da bacia para molhar os meus cabelos. Eu fiz o que ela pediu e ela logo despejava a água morna. Ela tirou o excesso de água com um tecido e logo após isso penteou os meus cabelos.
– Quer que eu faça uma trança? Um coque? – ela me perguntou olhando-me através do espelho.
Ela tinha em seus lábios e sorriso gentil, mas agora, com a luz do dia, eu podia lhe analisar melhor e percebi que seu sorriso não chegava aos seus olhos. Ela tinha profundas olheiras, sua pele era extremamente pálida e os lábios coloridos artificialmente. Mas o que mais me intrigava era a sua expressão. Ela exalava infelicidade, tristeza e desânimo. Seus olhos não tinham brilho, pareciam estar mortos.
Senti um arrepio ao pensar assim. Será que eu também ficaria desse jeito? Todos nesse castelo eram tristes e infelizes? Isso seria culpa do senhor Edward? Ela passou as mãos em seus cabelos presos em um coque nervosamente ao perceber que eu a analisava. Corei de vergonha pela indelicadeza e sorri para ela.
– Não, gosto deles soltos. Pode deixar assim.
– Tudo bem, é bom que assim secarão rápido. Venha, vamos por um vestido. – ela disse e foi em direção ao grande armário de madeira.
Ela o abriu e de lá tirou um vestido vinho com detalhes em dourado. Mostrou-me o vestido e olhou sorrindo para mim.
– O que acha? Esse é bonito, não é?
– É sim, muito. Nunca usei nada tão fino. – eu disse reparando no tecido caro.
– Ficará ótimo em você. Quer ajuda para vesti-lo?
– Oh, sim, por favor. Eu sempre me atrapalho na hora de fechá-lo. Vou precisar de sua ajuda com o espartilho se não se incomoda.
– Ah, não Bella, não precisará de um espartilho. Veja, esse é um modelo antigo, assim como o meu vestido. – ela disse mostrando seu vestido rosa claro. – Esses vestidos não se dão bem com espartilho.
– Por que usam modelos de roupas antigas? – eu disse não contendo minha curiosidade e a olhei um pouco envergonhada pela intromissão.
– Bem, digamos que nossa modista não sabe como são os modelos novos. – ela disse sorrindo nervosamente.
– Se me permite perguntar, porque não compram de fora ou trocam de modista? Não gosta dos novos modelos?
– Oh, não, pelo contrário. – Alice disse e seus olhos por um segundo brilharam mostrando que ela era apaixonada por roupas como toda menina de sua idade.
Menina? Deus, não entrava na minha cabeça que Alice já era uma senhora casada e não mais uma menina.
– Mas acontece que temos a nossa modista há tantos anos, ela mora no castelo e seria indelicado trocá-la, para não dizer desumano já que ela não tem para onde ir. – Alice disse forçando um sorriso e novamente tive a sensação de que algo a mais se passava. – Agora vamos, vista-se, temos um castelo para visitar.
...
Depois de me trocar, eu e Alice andávamos pelo castelo. Caminhávamos tranquilamente ao longo do extenso corredor e notei que já não mancava mais como antes. Estava bem melhor.
Notei também que todas as cortinas estavam fechadas e as velas dos candelabros acesas por causa da escuridão.
– Por que está tudo fechado e nessa penumbra? Não preferem a luz do sol? – eu disse já me sentindo mais a vontade em falar com Alice sem me preocupar em ser indelicada.
– Oh, bem, Edward prefere assim. Deve sempre deixa-las fechadas, nunca as abre. Isso seria catastrófico. – Alice disse e ela me olhou seria.
Eu não entendia bem o porquê disso, a luz do sol nunca fez mal a ninguém, mas eu não iria discutir pois sabia que tudo o que aquele homem rude dizia deveria ser obedecido, mesmo que não tivesse lógica.
– Tudo bem, não irei tocá-las. Mas fico contente que tenham mantido as velas acesas, ontem à noite estava tudo tão escuro.
– Bem, não temos costumes de ter visitas, e sempre nos recolhemos cedo, por isso as velas já estavam apagadas.
– Visitas? Acha que sou uma visita? – a olhei escandalizada.
– Sim, nossa convidada. – uma mulher alta, loira, de uma voz muito doce e traços fortes disse se aproximando.
Ela era muito pálida, tão pálida quanto Alice, e seus olhos também eram daquele estranho tom ocre. Ela usava um vestido vermelho vivo e seus lábios também eram de um vermelho. Seus cabelos eram longos e estavam trançados, seu olhar era firme e frio apesar de carregar um sorriso. Não conseguia dizer sua idade, mas parecia ter 23 anos.
– Bella, essa é minha irmã mais velha, Rosalie. – Alice disse com o seu sorriso triste já tão comum para mim.
– Muito prazer, senhorita. – eu disse dobrando meus joelhos levemente.
– Oh, por favor querida, me chame de Rose. Além do mais, assim como Alice sou uma senhora casada. – ela disse e sorriu levemente e vi que Alice não era a única a carregar aquele sorriso triste.
– Sim claro, me desculpe.
– Tudo bem, não faz mal.
– Rose, disse que sou convidada, mas receio que isso não seja verdade.
– Bem, faremos o máximo para que se sinta como nossa convidada. Tornará as coisas mais fáceis. – Alice disse me dando um sorriso carinhoso.
Ousei olhar rapidamente para Alice e Rosalie as comparando. Elas não eram parecidas para serem irmãs e estranhei.
– Perdoe-me, mas são tão diferentes. Nem parecem irmãs. – eu disse corando pela ousadia.
– Bem, eu sou fruto do primeiro casamento de meu pai. Minha mãe morreu ao dar a luz a Edward. Sou a mais velha dos irmãos, Alice é a caçula, fruto do segundo casamento.
– Oh. – foi a única coisa que pude dizer.
– Venha querida, temos muito a lhe mostrar. – Rose disse e voltamos a caminhar pelo castelo.
Descobri que Rosalie e Alice eram ótimas companhias, mas me sentia mais a vontade com Alice que era mais solta e delicada. Rose era um pouco mais fria e quase não sorria. Andamos por quase todo o castelo, visitamos o pomar, a plantação e fiquei com muito entusiasmo quando vi os arbustos de blueberry e amoras. Visitamos o celeiro e descobri que atrás dele havia um estábulo com vários cavalos negros lindos e ao lado estava a carruagem que havia levado meu pai embora.
Sem perceber, lágrimas começaram a descer por meu rosto e senti um corpo frio abraçado a mim. Era Alice, ela afagava meus cabelos enquanto Rose segurava minha mão.
– Bella, porque choras? – Rose disse me analisando.
– Meu pai foi levado por essa carruagem. Sinto tanta falta dele. Será que ele está bem?
– Garanto que está sim, meu marido foi quem o levou para cidade. Se quiser pode falar com ele depois e perguntar como seu pai estava quando foi deixado lá. – Rosalie disse sorrindo um pouco.
– Como vocês puderam deixar que isso acontecesse? Não se importam com o que houve? – soltei sem querer ressentida e logo depois me arrependi. – Perdoem-me, eu...
– Não temos escolha Isabella. – Rosalie disse me dando um olhar triste e frio.
Logo depois ela se virou e foi em direção ao castelo sem nada a dizer. Acho que fui muito rude, só isso explica seu comportamento hostil. Mas o que ela queria dizer com aquilo?
– Sinto muito, eu não queria...
– Shhh, deixe para lá Bella. Rose deve ter ido ver como anda o almoço. Venha, vamos continuar.
Continuamos a andar pelo castelo. Alice me mostrou vários lugares, como a sala de música, o salão de festas, os quartos dos empregados, os seus aposentos e o de Rose, mas não cheguei a conhecer a ala oeste, onde era os aposentos do senhor Edward, pelo que tudo indicava.
– Senhora Alice, desculpe incomodá-la, mas seu marido a está chamando no salão de jantar. – uma jovem alta, de cabelos pretos presos por um coque disse olhando para baixo.
Percebi que era uma das jovens que levou baldes de água quente para meu quarto.
– Obrigada por avisar Carmem. Bella, vou ver o que meu marido quer. Pode continuar inspecionando o castelo se quiser. Volto logo. – dizendo isso Alice se retirou descendo as escadas ali perto.
– Graças a Deus que a senhorita está aqui. – a jovem Carmem disse me dando um sorriso sincero.
– Por favor, me chame de Bella. – eu disse me simpatizando com a jovem.
– É melhor não, o senhor Edward não gosta que os empregados tratem informalmente seus convidados. – ela disse e vi medo e tristeza em seus olhos.
Todos ali pareciam ser tão tristes, solitários, amargurados, frios. Gostaria de saber o que houve para serem assim. Será que eu ousaria investigar? Talvez não seja uma boa ideia. Notei que Carmem não tinha uma pele pálida como seus senhores, pelo contrário, era levemente marcada pelo sol.
– Fico contente que esteja aqui senhorita. Esperávamos por isso há tanto tempo. Talvez haja esperança afinal. – ela disse baixinho a ultima parte e me olhou com certo brilho nos olhos castanhos que não pude identificar.
– Do que fala Carmem? – perguntei curiosa.
– Oh, nada senhorita, nada de importante. Bobagens apenas. Se me der licença, tenho que colocar a mesa para o almoço. – dito isso ela se curvou levemente e logo depois se retirou, descendo rapidamente as escadas.
– Estranho. – murmurei enquanto observava a silhueta de Carmem sumir.
Continuei andando pelo castelo, mas logo me via entediada. Não gostava de caminhar por aqueles corredores sombrios sem companhia. As gárgulas e demônios estavam por todo canto me dando calafrios. O ambiente seria bem melhor com um pouco de luz do sol. Será que faria mal abrir um pouco as cortinas? Alice havia me alertado para não fazer isso, mas acho que uma fresta não faria mal a ninguém.
Fui em direção a uma das gigantescas janelas e empurrei um pouco a cortina para o lado. Não pude ver direito através dos vitrais pois eram demasiadamente enfeitados com imagens demoníacas. Pelo menos um pouco de claridade passava, e isso me transmitia uma sensação de conforto.
– O que pensa que está fazendo? – uma voz grosseira, carregada de raiva disse atrás de mim. Era ele, claro.
Eu me voltei para ele e o encontrei em meio a uma penumbra proporcionada por uma estátua retorcida. Nada consegui dizer, estava estupefata com sua beleza. A pouca luz que entrava permitia-me olhar melhor para ele, e não havia nada mais belo que eu já tivesse olhado. Ele possuía traços perfeitos, como se tivesse sido esculpido por mãos divinas. Seus olhos brilhavam na escuridão, sua pele parecia mármore de tão clara e perfeita, seus lábios e seus cabelos pareciam convidar-me para tocá-los. Seu cheiro me atingiu pela primeira vez em cheio, era doce e sensual, e suas vestes eram totalmente negras, como na outra noite, e isso destacava ainda mais a sua pele perfeita. Mas o meu deslumbramento e encanto foram quebrados quando vi a raiva em seus olhos rodeados por profundas olheiras.
– E então? Não te disseram para nunca chegar perto das cortinas? – ele disse ríspido.
– Sim, m-mas é só um pouco de sol. – disse tentando soar firme e logo depois tremi tamanha a fúria que me olhava.
– Não me importa o que acha, senhorita mal educada. Você deveria ter obedecido! FECHE ESSAS CORTINAS! – ele bradou e tive a impressão de que ele havia dado um leve rugido.
Assustada, eu me virei para as cortinas e as fechei desajeitadamente. Quando voltei a me virar, ele se encontrava a centímetros de mim e me olhava com fúria, seus olhos estavam curiosamente avermelhados e isso me fez tremer de medo.
– Quando algo é lhe dito para fazer ou não fazer é esperado que obedeça. Estamos entendidos? – eu assenti rapidamente respirando rápido por causa do susto. – Ótimo, espero que isso não se repita ou teremos problemas. Não quer parar em um calabouço, quer? – ele disse me olhando zombeteiro e aquilo me irritou, mas tentei não transparecer e não piorar a situação.
– Não. – eu disse simplesmente.
– É claro que não. – ele disse com um sorriso sarcástico.
Meu sangue ferveu. Odiava quando as pessoas eram indelicadas comigo e aquele senhor era demasiadamente indelicado. Ah, como eu o repudio! Ele não poderia ser educado como suas irmãs e cunhado? Ele podia ser belo, mas suas indelicadezas o deixavam feio. Tudo bem, talvez eu tenha mentido nesta ultima frase, pois ele era maravilhosamente belo e nada poderia deixa-lo feio, mas seus modos o deixavam desprezível o suficiente para não se querer qualquer convivência social.
– Venha. O almoço estará sendo servido em minutos. – ele disse e seguiu em direção à escada.
Eu fui logo atrás o seguindo, e logo ousei dialogar para saciar a minha curiosidade daquele homem tão...irritante.
– O senhor não gosta da luz do sol? Não gosta da claridade? Por isso coloca essas cortinas?
– Já lhe disse para me chamar de Edward. – ele disse sem parar de andar ou ao menos olhar para mim.
– Oh, sim, perdoe-me. – eu disse e ele continuou em silêncio. – E então?
– O quê? – ele disse ríspido.
– Não vai responder?
– A única coisa de que precisa saber é que deve permanecer longe das cortinas. – ele disse e vi sua expressão ficar mais séria. Não conseguiria mais nada pelo visto.
– Tudo bem. Eu posso andar lá fora quando quiser? Posso passear pelo pomar e colher frutas?
– Já disse que pode ir aonde quiser. Menos à...
– Ala oeste. – eu completei revirando os olhos. Já havia ouvido aquilo várias vezes no dia. – Eu sei. Mas por quê? Lá é seus aposentos?
– Não te interessa.
– É claro que me interessa. Se precisar falar com o senhor, como irei encontrá-lo? – eu disse tentando ressaltar o óbvio. Nunca se sabia, talvez um dia precisasse daquele rapaz tão bruto e era bom saber onde encontra-lo.
– Procure minhas irmãs e elas me chamarão. E já lhe disse para não me chamar de senhor. – ele disse visivelmente irritado.
– A decoração de seu castelo é peculiar, para não dizer grotesca. O macabro o atrai?
– Retrata bem o meu estado de espírito. – ele disse com um sorriso zombeteiro nos lábios.
– É por isso que escolheu essa decoração?
– Acho que é meio óbvio, já que lhe disse que retrata o meu estado de espírito. – ele disse rispidamente.
Eu fiquei irritada. Custava ele ser um pouquinho mais educado?
– Edward, porque és tão bruto? – eu disse e logo depois me arrependi por estar de certa forma lhe chamando a atenção.
– Meus modos a incomoda? – ele me olhou divertido e eu abaixei meu olhar corando envergonhada.
– Oh, bem, acho que incomoda todo mundo. Ninguém gosta de ser tratado com indelicadezas. Não gostaria de ser mais cavalheiro? – eu disse e o olhei ainda corada por estar passando um pouco dos limites.
– Não, eu não gostaria. Tenho minhas razões para ser assim, e garanto que a senhorita no meu lugar seria do mesmo modo. – ele disse e pude ver um pouco de tristeza em seu olhar que logo ele tratou de mascarar.
– E quais razões são essas? – indaguei não conseguindo segurar a minha língua.
E de repente eu me vi sendo prensada contra a parede. Edward mantinha seu rosto no vão de meu pescoço e eu podia senti-lo inspirar o meu cheiro. Um rugido pôde ser ouvido e percebi que esse rugido veio de Edward. Tremi de medo diante de algo tão estranho e inusitado. Senti seus lábios tocar meu pescoço me fazendo ter arrepios. Logo em seguida seus lábios estavam em minha orelha dando leve mordidas.
– A senhorita é muito curiosa. É melhor tomar cuidado Bella, não queremos que algo de ruim lhe aconteça por conta dessa curiosidade. – ele disse de modo divertido e sua respiração me causava arrepios involuntários.
De repente seu rosto estava diante do meu e seus olhos brilhavam demonstrando sua raiva. Ele segurou forte meu rosto entre suas mãos e senti lágrimas se formarem. Eu estava apavorada, com medo de sofrer alguma agressão.
– Para seu próprio bem, não se intrometa aonde não é chamada. Entendidos? – ele disse entre dentes e me olhou com cólera no olhar.
– S-sim. Por favor, m-me solte. Está me ma-machucando. – eu disse tremendo de medo.
De repente Edward pareceu relaxar, me soltou suavemente e me olhou com um pouco de culpa no olhar. Sua expressão parecia torturada e, como se fosse possível, ele parecia ainda mais belo.
– Vamos. Já devem estar servindo o almoço. – falou já andando pelo corredor sem olhar para trás.
Eu o segui de cabeça baixa e durante todo trajeto permanecemos em silêncio. Em pouco tempo em eu estava no salão de jantar, sentada em uma confortável poltrona acolchoada e com uma mesa farta à minha frente. Rose, Alice e Jasper já estavam sentados à mesa e sorriram ao me verem entrar. Eu os cumprimentei educadamente e logo depois permaneci em silêncio analisando o salão.
O salão era grande, com piso de mármore preto e um longo tapete vermelho abaixo da mesa de jantar de madeira. Havia lugar para doze pessoas na mesa e em uma das paredes havia uma grande lareira que não estava acesa. Um grande candelabro dourado residia acima e as janelas, como todas as outras, estavam tampadas por cortinas.
Edward sentou-se em uma das pontas da mesa. Alice estava logo ao seu lado, seguida por Jasper. Do outro lado estava Rosalie e ela parecia olhar impaciente para a porta. Eu havia sido colocada na outra ponta, o que dificultava um pouco a conversa.
– Esse salão é o salão de jantar familiar. É aqui que realizamos nossas refeições em família. Há um outro salão maior, com mais mesas, em caso de recebermos vários convidados. – Alice deu um suspiro de pesar. – Sabe, costumávamos fazer grandes bailes nesse castelo.
– É mesmo? – eu a olhei curiosa.
– Sim, eram os mais grandiosos de toda a região da Inglaterra e era eu quem os preparava. – ela disse sorrindo orgulhosa.
– Perdoe-me Alice, mas eu nunca ouvi falar destes bailes, muito menos deste castelo.
– Ah, querida, mas isso é de se esperar. Faz tanto tempo e você nem era nascida também. – Alice disse soltando uma risadinha.
– Alice! – Edward a repreendeu e ela se calou logo em seguida, ficando com seu semblante triste e sério.
– O que você quis dizer com eu nem era nascida? – eu a olhei confusa e Edward bufou.
– Nada de mais, Bella querida, só uma expressão. – ela disse sorrindo nervosamente.
Que expressão estranha, eu nunca havia ouvido. Será que até nisso eles eram diferentes?
– Há quanto tempo moram aqui?
– Há anos, nem me lembro quantos. – Alice disse parecendo um pouco saudosa.
– Eu nunca havia ouvido falar deste castelo pelas redondezas.
– Isso é porque não saímos muito daqui. Não interagimos com o mundo lá fora. – Rosalie disse com um olhar frio e distante.
– Desculpem o atraso. Acabei de chegar da cidade. – um homem bastante alto, forte, de cabelos pretos, olhos ocre e pálido disse abrindo a porta. Ele não deveria ter mais do que 27 anos e parecia estar muito cansado.
– Bella, esse é meu marido, Emmett. – Rosalie disse nos apresentando.
– Finalmente nos conhecemos. – ele disse se curvando um pouco para me saudar.
– Não é querendo ser indelicada, mas você veio da cidade?
– Sim, fui buscar algumas coisas que faltavam no castelo. – ele disse depositante um beijo carinhoso da testa de Rosalie e se sentando ao seu lado logo em seguida.
– Foi você quem levou meu pai? – eu disse com os olhos cheios de água da lembrança.
– Sim, eu o levei senhorita. – ele disse me olhando com cautela.
– Por favor, me chame de Bella. E como ele está? Está ferido? Está doente? O deixou em casa?
– Eu o deixei em sua casa sim. Estava febril e tossia muito. Uma senhora passava na hora e o viu, disse que era uma amiga e ficou para cuidar dele. Ele está bem Bella, garanto. – ele disse e eu soltei um suspiro aliviada.
– Provavelmente era a senhora Leah. – eu murmurei.
– Chega de conversa. – Edward disse bruto. – Podem começar.
– Não vamos esperar Esme? – Alice o olhou preocupada.
– Não. Ela resolveu passar o dia pintando. – ele disse um pouco aborrecido.
– Ela ainda está... – Rose tentou dizer mas foi cortada por Edward.
– Sim, está. – ele disse por fim e Rosalie assentiu.
Logo depois começamos a comer. Algumas empregadas entraram servindo vinho em nossas taças de cristais. Enquanto eu comia ficava imaginando quem seria Esme. Outra irmã, talvez? Aonde estaria os pais deles? Sem querer eu olhei para onde Edward estava sentado e reparei que não havia nada em seu prato ou copo. Seu olhar era distante, pensativo. Gostaria de saber o que se passava na cabeça daquele jovem mal educado.
De repente notei que ele me encarava e eu baixei o meu olhar para meu prato, corando por ter sido pega no flagra. Ouvi uma cadeira se arrastando e logo depois passos duros indo até a porta.
– Não vai ficar hoje? – Alice perguntou mas ele já havia se retirado.
Ela soltou um suspiro e voltou a comer seu faisão.
...
Após o almoço, Alice resolveu visitar Esme e saiu tão apressada que não pude perguntar quem era essa mulher. Jasper disse que iria dar uma olhada nos cavalos, enquanto Rosalie e Emmett subiram para seus aposentos. E eu? Bem, eu estava perambulando pelo castelo, afinal não tinha nada o que eu pudesse fazer no momento.
Tentei conversar com alguns empregados, mas eles não eram de muita conversa. Sempre me olhavam com aquele brilho de esperança e logo depois saiam correndo. Eu estava entediada. Já havia ido lá fora duas vezes para provar um pouco das amoras, que eram incrivelmente doces e suculentas, e já havia dado várias voltas no castelo. Sinto falta de um bom livro, isso me distrairia ao longo do dia. Eu adoro ler, um dos meus passatempos prediletos, mas nem sempre tinha dinheiro para comprar algum livro ou conseguia algum emprestado, já que a maioria das pessoas que eu conhecia não eram fãs da literatura. Acabava lendo o mesmo livro repetidas vezes só para ter a sensação de estar lendo algo. Pensei em pedir para Alice ou Rose algum livro emprestado mas não as encontrei. Pensei em passar um tempo no salão de música ou pintura, mas eu não tocava ou pintava.
Voltei aos meus aposentos e olhei pela janela. Já estava anoitecendo e eu ainda não havia feito nada de interessante. Depois de dar tantas voltas pelo castelo ele acabou se tornando sem graça para mim, não mais uma novidade. Foi então que me lembrei que havia uma parte do castelo que eu não havia visitado: a ala oeste. O que será que havia lá? Era demasiadamente grande para ser somente os aposentos de Edward. Demasiadamente grande para ser pega no flagra, eu pontuei. Então me decidi, iria inspecionar a ala oeste. Quem sabe não achava algo interessante? Talvez houvesse uma biblioteca por lá. Um castelo grande como esse deveria ter uma biblioteca.
Deixei meus aposentos e fui em direção à ala oeste. A cada passo que eu dava eu olhava para os lados tentando ver se não havia alguém e tentando fazer o mínimo de barulho. Em poucos minutos eu estava ao pé da escada que dava para a ala oeste. Inspirei fundo e comecei a subir. O lugar era como o restante do castelo, muito bem limpo e macabro. Havia várias portas ali e resolvi abrir uma porta grande de madeira com detalhes prateados. Abri cuidadosamente e olhei para dentro, constatei que não havia ninguém e entrei.
O lugar estava empoeirado. Haviam vários quadros ali, alguns eram de Alice e Jasper, outros de Emmett e Rosalie. Alguns eram de uma mulher de cabelos acobreados e longos, outros de uma jovem de cabelos ondulados e castanhos. Havia também uma pintura de um homem loiro com fortes olhos azuis. Percebi que nos retratos de Alice, Jasper, Emmett e Rosalie havia algo de diferente. Demorei para perceber que eram seus olhos. Os seus olhos nos retratos não eram ocre. Alice tinha olhos verdes, Jasper e Rosalie azuis e Emmett castanho.
Mas porque mudar a cor em um retrato? Antes que eu pudesse inspecionar melhor os quadros, eu vi que tinha outro mais ao fundo e ele estava todo rasgado. Me aproximei tentando juntar os pedaços para ver a imagem, mas ouvi um barulho ao longe. Parei sobressaltada, alguém poderia estar se aproximando. Ouvi o barulho novamente e percebi que era um gemido. Um gemido sofrido de dor e era de alguém que estava ali dentro. Será que alguém estava machucado, precisando de ajuda? Comecei a seguir o barulho e me deparei com um corredor longo que levou a um quarto. Estranho, porque haveria um quarto aqui? O quarto estava todo bagunçado, com móveis quebrados e algumas teias de aranha.
Estava muito escuro, a única iluminação vinha da luz da lua que entrava por um sacada. Ouvi o gemido novamente e percebi que ele vinha à minha esquerda. Olhei na direção e vi que haviam duas silhuetas em meio a escuridão. Forçando um pouco as vistas eu vi Edward segurando fortemente uma das empregadas em seus braços enquanto sugava seu pescoço. Um filete de sangue escapou por onde ele sugava e eu soltei um gritinho assustada. O que ele fazia com a moça? Edward na mesma hora me olhou com olhos vermelhos em brasa e soltou a jovem que foi ao chão desmaiada. Percebi que a jovem era Carmem. Seus olhos me deixaram apavorada e sem ver dei dois passos para trás esbarrando em um móvel. Edward me olhava com ódio, uma cólera que eu nunca vira antes.
– Por quê? – ele disse ríspido. – Por que veio aqui?
– Eu...m-me desculpe... – tentei dizer temendo que ele fizesse comigo o mesmo que fez a Carmem.
– EU AVISEI PARA NUNCA VIR AQUI! – ele bradou vindo em minha direção.
– Não quis causar mal. – eu disse tentando me afastar dele.
– FAZ IDEIA DO QUE PODERIA TER ACONTECIDO? – ele disse derrubando alguns móveis e lançando uma cadeira quebrada na parede.
– Por favor, pare! – eu disse em meio às lágrimas de pavor.
– SAIA! – quando ele disse isso eu consegui desviar dele e fui em direção ao corredor correndo. – VÁ EM BORA! – escutei ele gritando a plenos pulmões.
Eu chorava e soluçava enquanto corria apavorada em direção à saída do castelo. Enquanto eu abria a porta para finalmente me ver livre desse pesadelo, eu ouvi a voz de Jasper.
– Aonde você vai? – ele disse parecendo visivelmente preocupado e percebi que ao seu lado estava Rosalie e Emmett.
– Sei que prometi, mas não posso ficar aqui nem mais um minuto. – disse por fim saindo e fechando a porta.
– NÃO, ESPERE, ESPERE! – escutei Emmett gritar, mas eu não parei.
Continuei correndo, ainda chorando pela cena que presenciara minutos atrás. O que será que foi aquilo? Por que ele sugava o sangue daquela pobre jovem? E seus olhos, aquilo não era normal. Ele pretendia fazer o mesmo comigo? Meu pai tinha razão, ele não era humano.
Estava tão absorta em minhas perguntas que não reparei que já estava correndo pela floresta e que estava encharcada pela chuva que havia começado. Ouvi barulhos dentre as árvores e logo a minha frente surgiu um grande lobo negro de olhos amarelos. Eu estaquei paralisada. Ao seu lado surgiu mais três lobos que rosnavam e mostravam os dentes para mim. Antes que eu pudesse fazer qualquer movimento, eu vi um dos lobos saltar em minha direção.
Fechei os olhos, esperando pelo pior.

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