quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Nova Autora parceira!

Postado por Mah da Cunha 8 comentários

Oi gente!!! \o/
           Peço desculpas pelo menos sumiço, mas é que tive uns probleminhas em casa de família, meu curso ta na reta final, parece que juntou tudo e tava completamente sem cabeça pra postar, nadinha de interessante pra vocês, mas to de volta \o/ (assim espero rsrs) e tomara q nada me faça ter q ficar longe por muito tempo de novo.

           Mas enfim...To aqui pra postar sobre a minha nova Autora parceira e sua convidá-los para conhecer uma história misteriosa e sobrenatural, que irá prendê-los até a última página.

Autora:

Tainá Ruiz de Souza  nasceu em São Paulo, Capital, em 7 de Julho de 1995.
 Com apenas dois anos, mudou-se com a família para Jaguariúna, uma pequena cidade no interior do estado onde vive com os pais.

Aos seis anos aprendeu a ler e logo também a escrever. Já participou da coletânea Vidas Passadas, com o conto Sonhos. Além da trilogia Cidade Fantasma, tem mais dois projetos em andamento. 





A História:

  • Sinopse:



"Ian poderia muito bem ser um garoto normal. Mas ele não é. O que o difere dos demais é o dom de se comunicar com os mortos. Isso nunca o afetou diretamente... Até conhecer os irmãos Will e Elizabeth. Antes que possa evitar, Ian se encontra envolvido em um grande mistério e ele precisa resolvê-lo antes que isso lhe custe à vida."





  •  Prólogo:

               "Quando abrir sua mente para o impossível, descobrirá a verdade"

           Ele estava cansado da semana de trabalho exaustivo. Extenuado e tenso, dirigia a 120 km/h. E mesmo assim, os minutos pareciam não passar. Mark estava esperando pelo dia 31 há meses para fazer uma surpresa para seu filho, Ian. Afinal, era Halloween. E Ian amava Halloween. O pacote de balas e as barras de chocolate no banco traseiro eram suas únicas companhias. Relâmpagos cortavam o céu negro com freqüência e a noite parecia estar mais fria do que o usual, mas o suor encharcava seus cabelos ruivos. Ele estava passando mal e não fazia idéia do que porque se sentia assim. No momento em que se virou para pegar um lenço no porta-luvas sentiu o baque de algo colidindo com o carro. E girou. Ele freou e o carro deslizou, girou mais uma vez e capotou, deixando-o ali, preso. Seu coração batia tão forte que ele apostava que se houvesse alguém há metros de distancia, poderia ouvi-lo. O peito ardia e lhe faltava o ar. Desesperado, e com certo esforço, ele saiu do carro correndo, ignorando as dores no corpo. No chão, um garoto de 16 ou 17 anos – aproximadamente a idade de seu único filho. Um sentimento de culpa avassalador invadiu-o por completo. Havia sangue ao redor de sua cabeça, molhando os fios negros. Mark abaixou-se para checar os sinais vitais. E entrou em pânico. O menino não estava respirando.


           Você poderá acompanhar a história de Ian que é disponibilizada aqui e eu estarei também conforme for lendo os capítulos, postando uma mini resenha deles, espero que você assim como eu se interessem pela história e passem a acompanhá-la.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Fanfic Capítulo 8 - Presente?

Postado por Mah da Cunha 1 comentários

Mal eu havia acordado e me encontrava andando apressada pelos corredores. Encontrei com Rosalie no caminho conversando com Jasper, ambos sorriam e tinham um brilho diferente no olhar. Estranho, desde que chegara era a expressão mais relaxada que eu já havia visto eles terem. Alguma coisa boa tinha acontecido, mas eu não estava com tempo para tentar saber o que era.
– Bom dia Bella. – Rosalie falando me dando um leve sorriso.
– Bom dia. – Jasper a acompanhou.
– Bom dia. – respondi apressada passando por eles.
– Aonde vai com tanta pressa? – Rosalie perguntou.
– Falar com Edward. Ele me deve respostas. – falei sem parar de caminhar.
Estava muito concentrada em meus objetivos para ligar para a etiqueta.
– Não acho que seja uma boa ideia. Ele sempre acorda de mau humor. – Jasper falou e percebi que me seguiam.
– Corrigindo, ele sempre está de mau humor. – falei fazendo pouco caso.
– Bem, isso é verdade. – ele falou
– Está indo para a ala oeste? – foi a vez de Rosalie falar.
– Sim.
– Sabe que ele não vai gostar de te ver lá. – Rosalie falou um pouco preocupada.
– Ele não tem que gostar. – falei convicta.
Os passos atrás de mim pararam e eu não olhei para trás para saber aonde eles tinham ido. Continuei o meu caminho, estava nervosa por ontem à noite. Quanta audácia a desse rapaz! Beijar-me a força, que absurdo! E ainda não me deu respostas completas. Bati na porta de seu quarto e já fui logo entrando. Estava sem paciência e decidida a não usar os meus bons modos com essa... fera! Além do mais, não queria correr o risco dele bater a porta na minha cara. Ele faria isso? Com certeza. Rude como ele era não perderia a oportunidade.
Andei mais cautelosa pelo corredor que levava até o seu quarto e me arrependi por não ter esperado ele abrir a porta. Ele estava seminu. Vestia apenas as calças e estava colocando uma blusa de seda preta quando eu entrei.
– Ora essa. – eu murmurei contrariada e corando.
Virei-me logo em seguida constrangida, ficando de costas para Edward que ria.
– Ora essa digo eu, senhorita. Onde estão os modos que valoriza tanto? Não sabe que uma dama não deve entrar assim no quarto de um rapaz? Pode ficar mal falada. – ele disse rindo mais ainda.
– Meus modos não serão gastos com o senhor, uma vez que não tens modos comigo. – falei irritada.
Aproveitei para analisar o quarto. Estava todo escuro, pouco iluminado por algumas velas. Havia cacos de vidro e espelhos espalhados pelo chão. Uma escrivaninha jazia destruída em um canto e a sacada estava fechada por grossas cortinas pretas de veludo.
– Então, o que veio fazer aqui? Veio ver-me me trocar ou tem algo mais interessante em mente? – ele disse com um tom divertido e com um pouco de malícia. Abusado.
– Vim lhe fazer algumas perguntas, e não ficar olhando para o senhor.
– Detesto quando me chama de senhor. – ele falou ao pé do meu ouvido e senti um arrepio subir pelo meu corpo.
Por Deus! Ele não estava agora mesmo do outro lado do quarto? Agora estava aqui, encostado às minhas costas, me segurando pela cintura enquanto falava ao pé de meu ouvido. Tanta sensualidade...argh! Como eu odeio quando ele faz isso.
– Pois bem, Edward, se me permite dizer, acho que não deveria tomar certas liberdades comigo. – falei tirando suas mãos de minha cintura.
Amaldiçoei-me por tremer com esse contato.
– A senhorita é uma péssima mentirosa. – ele falou voltando a agarrar minha cintura com mais força e me colando ao seu corpo.
– O-o que quer d-dizer? – maldição! Agora até me fazer gaguejar ele fazia.
Se bem que ele já havia provocado isso outras vezes. Mas eu preferiria mil vezes gaguejar por medo do que por...uma atração nervosa! Deus, como eu odeio essa sensação que ele me provoca.
– Que a senhorita anseia que eu tome certas liberdades. Não é isso Bella? Você não me anseia?
– Ora, não seja pretencioso. – consegui dizer firme mas ele riu.
– Eu posso sentir isso pela sua pele que se arrepia com o meu toque. – ele falou sensualmente em meu ouvido e eu me arrepiei mais ainda. Que ódio! – Posso ver pelo seu modo trêmulo de falar, posso dizer isso ainda por causa de sua respiração ofegante. Você me deseja, tanto quanto eu a desejo.
Oh, ele me deseja? Então porque era tão rude? Será por isso que ele sempre arranja um meio de me tocar? Eu o desejava? Eu não sabia dizer. Só sabia que meu coração acelerava quando ele estava perto, minha pele queimava com o seu toque, seu cheiro me inebriava e eu sentia algo estranho em minha intimidade. Isso é desejo? Não tinha certeza, pois eu nunca havia sentido isso antes. Era tão estranho e confuso. Era errado.
– Ora essa, minha pele se arrepia porque suas mãos são frias, e eu às vezes gaguejo por estar desconcertada. – disse me afastando de seu aperto.
– Está em negação? Se quiser posso ajuda-la a ver tudo mais claramente. – ele disse com um sorriso zombeteiro no rosto e se aproximando.
Ele ainda não estava completamente vestido e me vi forçando meu olhar para longe. Deus, porque fizeste uma criatura tão bonita?
– Não se atreva a se aproximar. Vista-se logo pois temos que conversar. – eu disse me afastando e quando vi estava encurralada em um canto na parede. Maldição, era uma armadilha.
– Ah, eu tenho planos muito melhores para os nossos lábios. – ele falou se aproximando como um leão preparado para atacar sua presa.
Antes que eu pudesse protestar, o meu corpo estava sendo prensado na parede. Os lábios de Edward estavam ávidos nos meus, nossos corpos se moldavam maravilhosamente.
– Bella... – ele disse entre um gemido me fazendo gemer também.
Suas mãos desceram por minhas coxas fazendo com que minhas pernas ficassem ao redor de sua cintura. De repente fiquei em choque. O que estávamos fazendo? Meu Deus! Edward parou quando viu o meu choque e me soltou. Fiquei escorada na parede, respirando ofegante. Edward estava sentado na cama, com a cabeça entre as mãos. Foi tudo tão rápido. Tudo tão errado... e ao mesmo tempo tão certo.
– Perdoe-me, passei dos limites. – ele disse sem olhar para mim, parecia envergonhado. – Espere-me lá fora, vou terminar de me aprontar. – eu fiz o que ele disse, sem falar algo ou olhar para trás.
Eu ainda estava ofegante quando fechei a porta do quarto. Meu coração batia descompassado, sentia minhas bochechas em brasa. Céus, como pude me deixar levar? Tudo culpa daquele...bastardo! Arrastando eu, uma donzela, em uma sedução sem cabimento. No entanto, eu queria... e muito. Será que eu realmente fora influenciada? Claro que sim. Imagina se eu faria algo do tipo algum dia. Será?
Quando eu sai ele parecia arrependido de seu comportamento. Até pediu perdão. Mas espera, porque arrependido? Ele sabia que nós não devíamos? Ele não queria? Meus pensamentos foram interrompidos quando empregadas se aproximaram segurando baldes e esfregões.
– Senhorita, o que faz aqui? – uma empregada ruiva falou me olhando com desdém. Eu não estava de bom humor para aguentar isso.
– Hora, e lhe devo satisfações por quê? – falei com o mesmo tom de desdém. É, eu estava bem irritada hoje.
– Foi só uma pergunta. – ela falou fazendo careta.
– Vamos Victoria, viemos para fazer nosso serviço e não para ficar de papo. – uma senhora de mais ou menos quarenta anos e cabelos grisalhos falou ríspida para a jovem que fechou a cara na hora. – Com licença senhorita. – a senhora disse amável para mim.
Assim que abriram a porta, Edward saiu de dentro do quarto. Estava esplêndido com suas habituais vestes negras. A ruiva o encarou descaradamente e eu me senti nervosa por isso. Que desfrutável!
– Vamos dar uma volta pelo castelo. – ele falou estendendo-me o braço como um bom cavalheiro.
– Tudo bem. – eu disse surpresa com seu gesto.
As empregadas entraram no quarto, e senti os olhares da desfrutável em mim antes de fechar a porta. O que ela tinha?
– Qual é o problema dela? – perguntei mais para mim, mas Edward escutou.
– Ela quem? – ele perguntou curioso enquanto caminhávamos lentamente pelo corredor.
– A empregada ruiva. Ela parece não gostar de mim.
– Oh, não se preocupe com isso, ela deve estar só enciumada. – ele disse com um sorriso divertido.
– Enciumada?
– Sim. Victoria dizia que iria acabar com a maldição, mas não foi bem sucedida. Ela deve temer que você se saia melhor que ela.
– Eu? Mas o que eu tenho haver com isso?
– Preciso de você para conseguir lidar com a maldição.
– É por isso que me prendeu? Precisa de mim?
– Sim. E, tecnicamente, você não está presa. – ele disse com um sorriso divertido. Ah, como ele é atrevido!
– Como se quebra a maldição? Você não me disse na noite passada. – disse lembrando-me que ele havia me distraído da resposta.
– Infelizmente não posso contar.
– E por que não?
– Para que nada de inconveniente aconteça. Entenda, poderia ser a nossa salvação, mas também poderia ser um desastre. Não quero correr o risco. – ele disse e logo depois ficou sério. Entendi que não era para tocar mais no assunto.
– Certo. Bem, você disse que não sabe o que é. Como isso é possível? Você não fez pesquisas? Já tentaram achar meios alternativos para quebrar a maldição?
– Sim, eu realmente não sei. É claro que fiz pesquisas, e o mais próximo que consegui me relacionar foi com criaturas da noite conhecidas como vampiros. Você já ouviu falar?
– Sim. – eu assenti e logo depois consegui relacionar algumas coisas.
– Mas as coisas não batem completamente. Vampiros queimam no sol, eu apenas enfraqueço. Vampiros não têm reflexo e temem crucifixos, eu tenho reflexo e adoro crucifixos. Acho que sou uma criatura nova, algo criado por Tanya. Não tenho certeza. – ele suspirou e ficou um momento pensativo antes de continuar. – E sim, já tentamos achar meios alternativos, mas uma maldição não pode ser quebrada nem por aquele que a fez. Só há um meio e nenhum mais. Emmett e Jasper saíram em carruagens à procura de feiticeiros e todos disseram a mesma coisa. A busca quase custou as vidas de Emmett e Jasper. O sol consumia suas energias durante o dia e à noite tinham que lidar com aldeões supersticiosos. Fugiam de uma emboscada de fanáticos religiosos quando voltaram. Tudo o que nos resta é esperar que a solução dada por Tanya um dia aconteça.
– Então é algo que depende do acaso?
– Podemos dizer que sim.
– Quem trouxe a carta de Tanya?
– Um corvo enfeitiçado.
– Um corvo? – eu disse surpresa.
– Sim. Um carteiro não poderia vir até aqui. Junto com a carta ela mandou um espelho, também enfeitiçado que está guardado em meu quarto.
– Por que ela mandaria um espelho?
– Edward, é você? Ouço sua voz meu querido. – uma voz doce soou ao fim do corredor.
Virando a curva uma dama um tanto baixinha, com cabelos em um tom caramelo, pele muito alva, lábios avermelhados, olhos ocres e amorosos apareceu. Ela não devia ter mais de trinta anos e usava um vestido verde esmeralda com renda francesa preta, digno de uma rainha. Mas ela era estranhamente familiar. Me lembrei da sala com quadros no quarto de Edward. Sim, ela era uma das moças dos quadros.
– Oh, ai está você. – ela disse vindo em nossa direção toda sorridente. – E vejo que está com sua esposa. – ela sorriu mais ainda para mim enquanto eu corava.
– Esme, ela não é minha esposa. – Edward disse um pouco desconcertado.
– Ah, não? Como se chama minha jovem? Quantos anos têm? – ela disse me olhando curiosamente.
– Me chamo Isabella senhora, mas pode me chamar de Bella. Eu tenho vinte anos.
– Bem, Bella, pode me chamar de Esme. – ela disse dando um sorriso carinhoso. – Vinte anos? Suponho então que já esteja casada.
– Oh, não senhora. – eu disse corando. Isso era meio vergonhoso, pois eu já passava da hora de casar.
– Mesmo? Mas você deve se casar. Minha filha Alice mesmo se casou aos 18, uma idade perfeita. Conhece Alice?
– Sim Esme, eu a conheço.
– Ela é adorável, não é? – eu assenti. – Ora essa, não vejo porque de você e Edward não se casarem. Ele ainda está solteiro e seu pai está a procura de uma noiva para ele. Você seria perfeita Bella, tão jovem e bonita. Fazem um belo par sabia?
– Esme... – Edward tentou dizer, mas foi cortado.
– Edward, sabe que seu pai quer que se case, e já que não tem pretendentes, melhor que seja Bella, não acha? – eu olhei para Edward inquisitiva e ele fez sinal para que eu não falasse nada. – Ele está ansioso para que você vá para a Hungria e assumo o trono. Será um desgosto para ele e para a nação se não estiver casado quando chegar a hora.
– Sim, é verdade. Tens toda razão. – Edward disse tristonho. – Falarei com ele.
– Que bom, fico feliz. – ela disse dando um grande sorriso de contentamento.
– Ai está você. – Alice disse enquanto se aproximava um pouco ofegante. – Te procurei em todo canto, mãe. Vamos voltar pra o quarto.
– Não quero filha, cansei daquele quarto. Quero dar uma volta pelo bosque enquanto ainda não é inverno.
– Mãe, a senhora não está bem...
– Por que essas cortinas estão fechadas?
– Mãe, por favor... a senhora precisa repousar.
– Mas filha...
– Mãe, a senhora não quer voltar a passar mal quer? Papai ficará furioso quando souber que está sendo negligente com sua saúde.
– Está bem. – Esme disse suspirando. – Carlisle anda tão nervoso, não quero que ele fique ainda mais. – Esme disse acompanhando uma Alice cabisbaixa e triste.
Assim que elas se foram eu olhei para Edward confusa.
– Pensei que seu pai havia morrido. – eu disse em um fio de voz.
– E morreu.
– Mas Esme...
– Esme está doente, Bella. Isso acontece de tempos em tempos desde a morte de meu pai. Nós falamos que é a febre, porque ela arde em febre durante esses dias e fica com o juízo um tanto perturbado. Ela age como se nada tivesse acontecido, como se não lembrasse de nada, e depois piora. Passa a falar sozinha e a pintar suas memórias em vários quadros, e então melhora de novo, volta a agir como se nada tivesse acontecido até recobrar o juízo. Ela está melhorando, achamos que ela estaria boa hoje, mas acho que ainda levará alguns dias. – ele soltou um longo suspiro de pesar e olhou o horizonte. – Sinto muito que tenha presenciado isso.
– Olha... – eu disse tocando carinhosamente sua mão fechada em punho. – Eu não me importo. – eu disse por fim.
Sua mão relaxou e ele tocou levemente os meus dedos.
– Obrigado. – ele disse cabisbaixo enquanto ainda acariciava a minha mão com seus dedos frios.
– Pelo quê? – perguntei confusa.
– Por não julgar. Do que gosta Bella? Sente falta de algo?
– Bem, além do meu pai, claro, sinto a falta de um bom livro. Por que pergunta?
– Bem, até agora você não julgou ninguém e não fez escândalos ou ofensas. Quero fazer algo que mostre meu agradecimento por sua compreensão e paciência. – eu o olhei sem entender e ele parecia pensativo. –Venha, tenho algo para você. – ele disse com um sorriso sincero no rosto me fazendo sorrir também.
Oh, como eu adorava quando ele sorria. Sem ironia, sarcasmos e a zombaria, apenas a inocência e a simplicidade. Parecia que tudo era tão diferente, tão leve, ele poderia ser sempre assim. De repente senti algo estranho em meu coração, como se ele se aquecesse. Esperança? Sim, eu tinha a esperança que Edward iria mudar. Será que isso poderia acontecer? Seria tão mais agradável, além do que é óbvio que essa couraça de maus modos é apenas uma máscara. Ele a tiraria por mim? Eu sentia que Edward poderia ser tão diferente. Há algo enterrado nele e eu gostaria de trazer à tona.
– Algo para mim?
– Sim. Acho que você vai gostar. – ele disse sorridente.
Caminhamos por alguns corredores da ala oeste e chegamos a um corredor onde ao final havia grandes portas de madeira decoradas com ouro.
– Agora feche os olhos. – ele disse e eu fiz uma careta. – É uma surpresa. Não a estrague. – ele disse rindo.
Contrariada, eu fiz o que ele pediu. Logo depois ouvi as portas rangerem ao serem abertas. Edward segurou minha mão e me guiou para dentro. Eu deveria estar com medo, não deveria? Afinal, era um homem rude me guiando para uma sala desconhecida. Mas eu não estava. Estava ansiosa e sentia que eu nutria uma certa confiança por aquele rapaz tão solitário. Será isso o que o afligia tanto? A solidão?
– Já posso abrir?
– Espere, vou acender as velas. – ele disse e ouvi os seus passos se distanciarem.
Esperei por mais alguns instantes, mas já não me aguentava de curiosidade.
– Agora, já posso abrir? – falei impaciente e Edward riu.
– Sim, agora. – abri os olhos e me deparei com uma enorme biblioteca.
Ela possuía três andares, estava abarrotada com livros dos mais diferentes tamanhos e cores. Havia escadas espalhadas pela biblioteca que levavam até o topo, poltronas, divãs e uma grande lareira que Edward acabava de acender. Havia também várias pinturas espalhadas pela biblioteca e um grande globo terrestre ali perto.
– Não é possível! Eu nunca vi tantos livros em toda a minha vida.
– Você gostou?
– Que maravilha! – eu disse rodopiando na grande biblioteca admirando todo o seu esplendor.
– Então é sua. – eu o olhei admirada e surpresa, ele apenas sorria.
– Muito obrigada. – eu disse com lágrimas em meus olhos de tanta emoção.
– Obrigado você.
– Está sendo quase um anjo agora. – eu disse rindo e me aproximei de uma das estantes.
Tantos nomes conhecidos e desconhecidos estavam ali. Mal podia esperar para começar minhas leituras.
– Anjo? – ele falou dando uma risada sem humor. – Sou um monstro Bella, essa é a verdade.
Ele falou e um semblante triste assumiu sua face. Ele se sentou em uma das poltronas perto da lareira e ficou olhando para as chamas. Ele parecia tão solitário e perdido ali. Senti um aperto em meu coração e me aproximei. Não podia deixa-lo assim, era o mínimo que eu podia fazer, afinal ele estava sendo maravilhoso comigo nas ultimas horas. Havia até me dado uma biblioteca! Eu precisava ajuda-lo. Ajoelhei-me perto de sua poltrona e ele olhou-me confuso, a tristeza em seus olhos estava bem presente.
– Você não é um monstro. – eu disse tocando levemente suas mãos que estavam em seu colo.
– Eu sou, e você sabe disso. – ele disse dando um sorriso sem humor.
– Não, não é. O que você é não é escolha sua, nem foi por sua culpa, foi apenas o capricho de uma mulher vingativa. A verdadeira monstruosidade e distorção estão em nossa alma. Sua alma não é distorcida, posso ver isso. Você pode até tentar distorcê-la por conta desse fardo que carrega, mas não consegue.
– Pensei que me odiasse. – ele falou sério, me olhando com um brilho estranho no olhar.
– No começo, talvez. Mas sempre nos deixamos nos levar pelas aparências nas primeiras impressões. Agora que eu finalmente começo a conhecê-lo eu te entendo. Você é a prova de que a beleza está no interior, eu posso até ter te desprezado, mas agora vejo que não tive motivos. Seus comportamentos, apesar de irritantes, são os reflexos do que a sua vida tem sido, mas você é mais do que isso. Cabe a você decidir se quer demonstrar isso a mim ou não. – eu falei dando um leve sorriso.
Senti minhas bochechas arderem de repente, a compreensão invadindo a minha mente. Eu estava surpresa com o que havia falado, até aquele momento nem eu tinha noção do que pensava. Fiquei surpresa por ter concluído isso tão facilmente enquanto falava com ele, e feliz por ser tudo verdade. Sim, eu havia exposto o que sentia a ele. Era estranho como eu havia mudado de opinião em tão pouco tempo.
– Você é mais do que eu esperava. – Edward falou afagando minha bochecha e sorrindo.
Havia um brilho tão intenso e estranho em seu rosto, ele parecia feliz. Antes que eu pudesse pensar em mais alguma coisa, ele se levantou e foi até uma das estantes, retornando em seguida com um livro grosso de capa verde.
– Gosta da história de “Sir. Gawain e o Cavaleiro Verde”?
– Nunca ouvi ou li. – disse sendo sincera e ele sorriu.
– É sobre Gawain, um cavaleiro da távola redonda, sobrinho de Rei Artur. É uma ótima história. – ele falou e se sentou ao meu lado em cima, do tapete feito de pele de urso. – Quer que eu leia para você?
– Adoraria. – falei sorrindo e me sentando mais confortavelmente no tapete.
Ele sorriu para mim, abriu o livro e começou a ler.
Ficamos ali, lendo e sentados em frente à lareira até o cair da noite. Deixamos a biblioteca apenas duas vezes para que eu pudesse me alimentar, mas logo estávamos de volta. Lá fora eu podia ouvir o vento, e a temperatura parecia mais amena. O inverno estava chegando.

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